quarta-feira, 28 de novembro de 2012

30 dias, um sentimento - Dia 3 - O que uma lágrima causa



Começo essa carta com mil emoções dentro de mim.
Raiva, arrependimento, desilusão, dor...
Eu pensei em simplesmente não dizer nada, ou apenas jogar todas as palavras em seu rosto.
Não dizer nada pioraria as coisas para mim, jogar as palavras em você não me faria ficar melhor, pelo contrário. Eu me sentiria culpada e me rebaixaria a tal nível que só prolongaria tudo que senti na ultima noite e nas ultimas horas.
Escolhi escrever tudo nesta carta, e tentar, de alguma forma, continuar a escrever as cartas, pois não seria justo eu parar de escrevê-las por tal coisas, e deixar meu amigo criador do projeto decepcionado comigo.
Então vou continuar... da forma que eu conseguir.

Fico feliz e triste em "dizer" que consigo superar desilusões amorosas dessa trágica adolescência quando enfim caio na real. Quando a pessoa enfim me cansa a tal ponto de me fazer desapegar-me.
Mas é claro que isso não aconteceu de um instante para outro (quem dera rs). Durante esse decorrer do que acho ser dois meses, este sentimento que não dizer se foi amor, mas que creio ser apenas uma paixão, foi se desgastando até chegar ao ponto de eu ter que de alguma forma colocar um fim nisso. Então, eu soube dos verdadeiros fato ditos por sua... Não, não foi sua boca. Foram teus dedos transmitindo teus pensamentos, teus sentimentos.. que ao que tudo indica, era a verdade.
Que tola fui durante todo esse tempo novamente.

No momento do baque senti meu coração disparar a tal ponto que achei que fosse explodir, mas então desacelerou e então bateu num ritmo a ponto de não ser notado... não ser..sentido.
Depois de tomar banho, fui para o quarto. Não pensei em mais nada e apenas adormeci.
No dia seguinte, fui a escola com um ar melancólico, mas novamente em busca de me entreter em algo bom o suficiente para não notar você. Em vão...
Te encontrei pelo caminho mais vezes que o ano inteiro. Encontrei mais umas vadias pelo caminho, mas isto não é merecedor de mencionar na carta.
Depois do intervalo inteiro tentando me conter, eu desabei. Te vi andando pelo corredor, e meus olhos se encheram de lágrimas novamente. Entrei na sala sem querer saber se me via ou não, baixei a cabeça na mesa e de repente elas brotaram, tão duras e tão dolorosas. Caiam de meu rosto com uma suave delicadeza mas de uma dor imensa.
Eu tentei contê-las, mas em vão, parecia incentivá-las a caírem de mim... desmontar minha armadura, cair meu escudo e me fazer ficar tão frágil no meio de tanta gente. Ninguém viu, ninguém reparou. Que bom... Nem mesmo você.
O que esta lágrima fria e úmida me causou?
Arrependimentos. Mas me curou de você.
Sim, estou sendo dura como a tua realidade foi para mim.
Duvido que leia isso, e se ler você não dirá nada, como sempre..
Faria diferença isso pra você? Aposto que não.

Enfim, encerro a carta que já esta grande de mais.
Até a próxima carta, que não garanto ser para a mesma pessoa.

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