quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Eu não consigo explicar a razão de como
você consegue me deixar sem ar
quando diz que me ama
E eu não entendo como meu mundo perde o sentido quando
você não esta aqui comigo
E muito menos quando
por alguma razão
concordamos em quase tudo
O "eu te amo" se torna pouco comparado ao que sinto por você
Oh, e você me deixa tão louca!
É tão você que compreendo
o motivo de ter se apaixonado por mim.
Você faz com que minhas palavras ganhem sentido, cores,
tudo que há de bom em mim.
E como diz a música:
"tudo que há de bom em mim / eu já te dei/ eu já te dei / Tudo que há de bom me faz / lembrar você"

domingo, 18 de dezembro de 2011

Momentos Simples




E eu vejo um lindo casal a minha frente, que embora me vejam como uma louca que fala sozinha e uma "vela" de minha irmã, eu podia ver a beleza que os preconceituosos não viam. Por mais que tentassem disfarçar, os lábios de ambas não resistiam e iam de encontro um com o outro.
Isso foi tão magnífico pra mim! Presenciar um romance tão lindo como aquele e conseguir escrever a respeito. Parecia tão perfeito embora presenciasse momentos tão simples entre as duas. Elas não tinham vergonha de se mostrarem em publico, e não precisavam ficar se agarrando para mostrar que se queriam juntas, como o casal de hétero, logo do lado, estavam fazendo, elas apenas se completaram pelo simples fato de estarem juntas.
Eu posso estar enganada, mas era o que eu estava vendo. Estavam felizes juntas, foi o que me impressionou. Quantos casais encontrariam esta felicidade? Elas encontraram, e nesses momentos simples, posso ter a certeza de que o amor existe nos momentos que não planejamos, e que tudo parece dar errado, mas ai você olha pro lado e encontra a pessoa que te faz feliz ali, te apoiando em tudo.
Quando se ama de verdade, nada mais importa, além de fazer aquela pessoa feliz.
Dedicatória especial para a Claudia e a Carlinha, o casal que me inspirou a escrever esse texto que fazia meses que eu tentava fazer.
Para vocês verem como duas desconhecidas podem mesmo mexer com a cabeça de alguém.
Espero que elas tenham gostado, pois amei escrever.
Um super obrigada a elas!


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Angel



Eu fico aqui sentada, olhando pra tela e notando que minhas palavras vem sumindo conforme os segundos que se transformaram em horas, e agora, em semanas... Eu já não sei se estou conseguindo ver as palavras claramente como antes, e isso vem me incomodando, embora eu já não veja ninguém aqui para me escutar, para me ver. Eu me culpo por tudo que vejo que acontece, por mais que veja que eu não fiz nada para aquilo acontecer, mas pelo simples fato de eu não ter feito nada para impedir.
Você pode achar simples me dizer que não é culpa minha, mas não é você que esta dentro de mim. Você não tem esses pressentimentos ruins que eu tenho. Eu queria acreditar que isso é coisa da minha cabeça, queria mesmo acreditar nisso, mas quando acho que esta tudo bem, aquela sensação horrível me percorre o corpo, como se algo tivesse entrado dentro de mim, dentro de minha cabeça, para avisar de algo ruim que vai acontecer. Sim, é sempre ruim, nunca algo bom. Depois de todo o folego que perdi sentindo tudo isso, depois de toda a zonzeira que senti e de minha visão perdida... Me sinto bem, vívida... E alguns dias depois, para a minha desgraça, acontece. O que acontece? Meu pressentimento se realiza, algo ruim com alguém acontece e a culpa me coroe por dentro, por eu não ter impedido. O pior, é que tenho que conviver com isso...
Já me disseram que sou um anjo. Que arrancaram minhas asas para eu passar uns anos aqui na Terra, mas agora reflito e me pergunto: Qual meu propósito se não consigo impedir tudo isso que pressinto?
Me disseram também que sou um anjo porque a protejo, impeço que coisas ruins aconteçam a ela. Isso me deixou feliz também... Sou um anjo, um anjo da guarda de alguém? Este é meu proposito aqui então?
Dizem que anjo são puros, mas fui corrompida pelo mal da raça humana. Abusaram de minha inocencia, se aproveitaram de minha ingenuidade, me calaram, me ameaçaram... O que me restou após esse sequestro da pessoa boa dentro de mim? Arrancaram minha asas: a parte boa dentro de mim. Quando terei isso de volta? Quando vão parar de arrancar tudo de bom que tenho dentro de mim? E eu tenho que lutar constantemente contra a pessoa dentro de mim, esse monstro que querem que me torne. Mas acho que a lembrança da parte boa não me permite desistir, pelo menos não ainda. E eu só queria que minha recompensa por aguentar tudo isso seja plena, que me faça sorrir sem sentir dor. Acho que nunca vou poder perdoar a mim mesma por fazer tudo isso com os outros ao meu redor, e por mais a ideia de não possuir mais a esse mundo pudesse ser uma possibilidade a anos atrás, eu sei que não seria a melhor solução, pois eu ainda tenho que proteger alguém aqui.
Eu não consigo sentir ódio. Não, eu não consigo. Me perdoe se eu falar que tenho pena de você, mas é porquê eu não sei o que é "ódio".
Sou ingenua de mais, e você irá se aproveitar disso mais cedo ou mais tarde.
Me perdoe, por favor me perdoe!! Eu não posso me perdoar por ser essa pessoa que estou me tornando sem minha ASAS.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E ainda escrevi essa merda pra mim mesma!



Você olha para longe procurando uma resposta. Você tenta encontrar em alguém, a segurança que te faltou durante todo o tempo até agora. Você procura nos braços, o conforto que teu coração não permite. Você olha pra cima tentando ganhar tempo, fugindo da resposta como se algo ou alguém aparecesse para te salvar da resposta. Você espera que sendo do jeito que é, encontrará alguém que te mereça. Você sorri quando esta com raiva, ri quando chora e diz "vai ficar tudo bem" quando tudo ai dentro de você esta um furacão de confusões. Você, as vezes, não diz nada, a maioria do tempo, pois não encontra as palavras certas para conseguir descrever o que esta sentindo no exato momento. Você se culpa pela metade das coisas que acontece com os outros. Você chora por coisas bobas, chora por momentos simples e com certeza, em filmes românticos. Você não entende como o mundo é tão mal e cruel, não entende como os outros podem não se importar com nada, e muito menos com você. Você diz tão poucas coisas, mas quando diz, é tão precisa, tão direta. Você pensa que o mundo não tem solução, mas quando se apaixona platonicamente começa a acreditar que há 0,01% de possibilidades de ter uma solução. Você não consegue odiar, e se odeia por isso. Não se importa com o que os outros vão achar do que faz ou diz, ou simplesmente escreve. Você diz palavrões quando fica nervosa, ou simplesmente sai sem notar. Você diz "Caralho, quem colocou aquela merda ali" quando tropeça em algo. Você é insistente, calma, e tenta ao máximo compreender o lado dos outros sem chegar ao extremo de julgar severamente. Tenta não se estressar, mas em vão. Você é tão romântica que as vezes chegam a dizer "Ownn", deixando-lhe assim, corada. Você não se conforma com as merdas que os outros lhe dizem, você não entende o motivo dos outros não conseguirem escrever nada de "bonitinho" pra você, e assim, você ainda deseja algo maior da parte do outro, por mais que diga "não precisava". Você é irônica, sim, muito irônica. Você vê duplo sentido em quase tudo o tempo todo, o que te torna "pervertida" para todos. Você diz que tem imaginação, apenas isso, mas ainda assim te chamam de maldosa. Você sabe que jamais poderá entender a intenção dos outros, a mente deles e muito menos entender o "por quê" daquilo. Você ainda ri disso tudo, pois como costuma dizer: "a vida é irônica". Você olha ao redor, sentada, sorri sarcasticamente e diz bem alto, segurando seu caderno de poemas: "E AINDA ESCREVI ESSA MERDA PRA MIM MESMA".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Decisões

Os dias estão se arrastando a medida que eu espero por uma solução
Eu tenho medo de tomá-la, apenas isso.
Machuca saber quantas pessoas vou machucar em cada um desses caminhos, mas, o que fazer?!
Cada vez mais as palavras me ferem, mas, agora, mesmo sem o meu remédio, eu não consigo mais chorar.
Talvez nunca houvestes uma razão verdadeira para chorar
mas eu sei que a dor era real, pois eu sentia e sinto ela dentro de mim...
Minhas palavras tem se tornado vazias sem uma razão para escrever
Eu já havia perdido o meu amor por você quando você disse, pela primeira vez,
que eu era seu brinquedo, que nada daquilo era real, e que
seria melhor nos afastarmos.
Me esculte por mais que eu esteja fora de alcance,
eu não te amo mais, e isso machuca dentro de mim como irá machucar você
Me perdoe, mas é assim que será
Eu estou tentando achar um caminho, o melhor para mim, mas ambos os caminhos são tentadores
obstáculo há nos dois, e a escolha parece querer ser tomada em breve, muito breve
Meu coração parece estar querendo uma nova razão para saltitar
E essa dor dentro de minha cabeça?! E essa culpa dentro de meu peito?!
Quando tudo isso vai acabar?! Quando vou ter paz?!
Tenho medo que me digam que isso nunca vai embora,
e que só termine quando meu corpo se confortar no caixão de madeira
ou na cinzas da fogueira
Essas dores são bem reais, e machucam cada vez mais minhas cicatrizes,
essas noites de tormenta que não me deixam dormir
ou que me afundam em tanto cansaço e tiram minhas memórias
Tenho evitado sonhar, evitado pensar alto, evitado ao máximo
mas parece que não há mais jeito...
Estou perdida, muito perdida
fora de alcance talvez...
Acompanhada pela culpa e pela dor
encerro meus versos
na mais imensa tortura
dessa decisão