quarta-feira, 5 de junho de 2013

my fall



Sem escapatória desse caminho sem fim
Não há a Dona Morte,
Não há nem ao menos alguém a quem recorrer
Estar perdido e sozinho,
é como estar mudo no meio de uma multidão
Dessa vez não há asas para me tirar do chão
e meus pés estão a carne vive de tanto se rastejarem no chão
Não há como fugir,
não há como gritar,
ou alguém para te escutar.
É como se engasgar com suas próprias palavras
É como correr eternamente sem rumo
É como pular e cair num abismo
Estar assim, sozinho e intocável,
se rastejando e rastejando,
procurando por uma luz que não se sabe se existe
é saber o que é lembrar e desejar,
por aqueles momentos,
que agora jaz tão distantes,
que um dia te fizeram sorrir, e tocar a luz com a ponta dos dedos
Sorrir sem doer, sem culpa e naturalmente
É lembrar dos momentos em que se sentia nas nuvens,
sentir suas asas roçando junto a sua amada
e depois lembrar,
do momento em que caiu, em que deu de cara no chão,
e sentiu todos seus ossos quebrarem,
para em seguida,
ter de se levantar e caminhar,
fazer com que tudo pareça bem.
Foi como fazer uma plástica,
afinal, ninguém via as feridas por dentro,
só enxergavam a pele por fora.
Eu já não sei se devo pensar nesses momentos,
como um incentivo pra caminhar,
ou se para cair e chorar,
afinal, uma coisa levou a outra.
Estou cansado de ser forte,
mas não me é permitido ser fraco
estou preso a um ciclo
do qual é blindado com ódio
Ciclo este que me faz voar, amar e acreditar
e no instante seguinte,
me faz cair, chorar e desacreditar.
Minha queda foi acreditar que um dia
eu teria uma mão do qual poderia me ajudar a levantar,
Minha queda foi acreditar que eu podia amar...
Minha queda foi acreditar..
Triste abismo, triste realidade sem sonhos,
não há luz, não há ninguém,
só eu e minhas lágrimas

Nenhum comentário:

Postar um comentário